Ainda de acordo com o documento de pedido de buscas e apreensões enviado à Justiça Federal, Geddel seria braço-direito do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no esquema para liberar empréstimos a empresas ‘dispostas a realizar negociações ilícitas’.
Segundo a Operação Cui Bono? (a quem beneficia?), deflagrada nesta sexta-feira, 13, pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal, cabia a Geddel fornecer informações privilegiadas para ‘outros membros do grupo criminoso’, que incluiria Cunha, o também ex-vice-presidente da Caixa Fabio Cleto (delator do esquema na Caixa), e o operador do mercado financeiro Lúcio Bolonha Funaro.
As evidências contra Geddel surgiram em mensagens de um celular apreendido na casa de Cunha na Operação Catilinárias. Elas revelam diálogos entre Cunha e Geddel indicando, por exemplo, que ‘já tinham saído votos favoráveis às operações da Marfrig, de que os valores estavam liberados’.
Após essas conversas, a Marfrig repassou R$ 469,5 mil à Viscaya Holding, de Funaro, que seria um dos captadores de propina para Cunha.
A PF aponta ainda um “papel importante” de Marcos Roberto Vasconcelos, ex-vice-presidente de Gestão de Ativos da Caixa, na liberação dos créditos pretendidos por Cunha, Geddel, Funaro e Cleto. O imóvel de Vasconcelos também foi alvo de buscas nesta sexta.
Também foi pedido à Justiça autorização para busca e apreensão de mídias e documentos na residência funcional do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima. A solicitação, no entanto, foi negada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, porque o parlamentar detém foro privilegiado.
Ente as empresas suspeitas de pagar suborno, segundo a Operação Cui Bono? estão BR Vias, Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários, Marfrig, J&S Investimentos, Bertin, JBS Comporte Participações, Big Frango e Digibras. Do DP.
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