Após 12 rodadas de negociações, ficou acordado reajuste salarial de 6%. O índice supera a inflação no período medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que foi de 5,44%. A proposta possibilita, portanto, um ganho real de 0,56%.
O acordo prevê que os salários sejam reajustados de forma retroativa ao mês de maio, mas que a diferença dos meses de maio e junho só seja creditada aos trabalhadores na folha paga em setembro.
Além disso, o desconto no ticket de alimentação, que era de 20 %, passará a ser de 15%. Também ficou decidido que ocorrerá o pagamento ou compensação aos trabalhadores pelos dias parados. A data-base da categoria também ficou mantida em 1º de fevereiro.
O reajuste acordado ficou abaixo do percentual que era reivindicado pela catergoria, de 7%, e acima do que os patrões haviam proposto inicialmente: 1%. O acordo que pôs fim à paralisação ocorreu, também nesta tarde, na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), no Corredor da Vitória, e foi mediado pelo órgão.
O presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância do Estado da Bahia (Sindivigilantes), José Boaventura, disse que outros pontos da pauta de reivindicações ainda não tiveram um acordo e ficaram pendentes de negociação.
"O que conseguimos, fundamentalmente, foi os 6% de reajuste dos salários, redução do desconto do vale refeição e pagamento dos 15 dias que ficamos parados. As demais questões ficaram pendentes para continuar a serem negociadas, como a questão da cota de 30% dos postos para as mulheres e a ampliação da cesta básica", disse.
Boaventura disse ainda que a categoria levou em consideração o momento de crise da economia para aceitar o percentual de reajuste salarial abaixo do que era reivindicado inicialmente.
"Vivemos em meio a um cenário de crise no país e, em meio a esse contexto, entendemos que esse reajuste é razoável. Há a recomposição da inflação, que é de 5,44% , e ainda temos um ganho real de pouco mais de meio por cento. Não era o acordo dos sonhos, mas está razoável", disse.
A greve dos vigilantes foi iniciada no dia 24 de maio. Durante a paralisação, a categoria realizou várias manifestações na capital e interior do estado.
A greve ainda provocou impacto no funcionamento de agências bancárias dessas cidades e causou atraso em cerca de quatro mil perícias agendadas do INSS na capital. O atendimento no funcionamento de nove museus no estado também foi interrompido devido à paralisação. Do G1.