Após o ocorrido, o presidente se reuniu com líderes governistas e da oposição na tentativa de um acordo para que as atividades fossem retomadas. Além de Fátima, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Regina Sousa (PT-PI) mantiveram a ocupação e receberam o apoio das senadoras Lídice da Mata (PSB-BA), Kátia Abreu (PMDB-TO) e também de deputados e deputadas.
A situação causou revolta nos governistas, que alegaram tratar-se de um atentado á democracia. O líder do PSDB, Paulo Bauer (SC), classificou a ocupação da mesa do Plenário do Senado por senadoras da oposição de “procedimento antidemocrático” e “quase um crime político” por impedir o funcionamento do Senado.
O que está acontecendo hoje no Senado, produzido pelos partidos de esquerda, usando-se das mulheres senadoras, que tomaram a mesa diretora do Plenário, é sem dúvida nenhuma algo que vai exigir do Conselho de Ética do Senado uma avaliação e providências. Esse não é um comportamento compatível com a dignidade política de quem representa o povo brasileiro no Senado da República — afirmou Bauer.
O senador Jorge Viana (PT-AC) amenizou o fato e disse ter havido um ato político:
Sempre sou de mediação. Mas você tem mulheres senadoras, com personalidades muito claras, que estão fazendo aqui um ato político. Elas entenderam chamar a atenção que está tendo um movimento de atropelo do Senado. Espero que daqui a pouco a gente possa conversar com elas. Se a intenção era ter uma atitude política, o parlamento é essencialmente político. Já vai ficar para a história uma posição política de senadoras lutadoras que estão fazendo um protesto contra esse processo legislativo de apreciar a reforma trabalhista desse jeito — afirmou. Agência Senado