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Gladstone chegou ao Cruzeiro em 2000, ainda com 15 anos. Três temporadas mais tarde, aos 18, fez sua estreia no time principal. Com as suspensões do titular Edu Dracena e do reserva Thiago, o zagueiro precisou debutar justamente na segunda partida contra o Flamengo, válida pela final da Copa do Brasil. A vitória por 3 a 1 e o título conquistado dariam início à trajetória do garoto na Toca da Raposa, que voltaria a figurar no time e venceria o Brasileirão daquele ano.
Para tentar encorajar Gladstone na véspera daquela final de 2003, Vanderlei Luxemburgo adotou um método curioso. Chamou o garoto e o presenteou com dois envelopes: um deles continha uma fralda e o outro uma faixa de campeão. O jovem teria que escolher com qual deles ficaria. Em campo, o bom desempenho, sem sentir a pressão e o nervosismo em seu primeiro jogo como profissional, foi um indício de que a estratégia motivadora do técnico foi acertada.
"Já escutei essa história e até falei que eu fico com a faixa. Tenho personalidade e fé em Deus que tudo dará certo na final", comentou o garoto, que já encarou o Maracanã lotado na primeira decisão contra o Flamengo.
A escalada de Murilo foi rápida na Toca da Raposa. Ele começou o ano como a quinta opção na zaga. Antes do garoto, Léo, Manoel, Dedé e Caicedo (emprestado pelo clube) estavam na frente na disputa pelas duas posições. Sua primeira oportunidade aconteceu no início de junho, contra o Bahia. A primeira impressão não rendeu a titularidade imediata, mas foi positiva e convenceu Mano a utilizá-lo outras vezes. Pouco depois, o jogador se firmou como titule foi um dos responsáveis pela melhora no setor defensivo. Hoje, conta com 21 aparições no Brasileirão, sendo o sétimo atleta do time com mais jogos no campeonato.
"Só tenho que agradecer a Deus, essa mudança tão rápida. Estou muito feliz de poder estar compartilhando isso com minha família. Vejo a emoção dos meus pais e isso é muito especial na minha carreira".
Por Redação AEC | Fonte: Uol Esportes