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Duran disse aos parlamentares que os documentos apresentados em 2017 pela Odebrecht são forjados pois o sistema utilizado pela empresa havia sido desativado em 2016.
— Eu estou me referindo aos documentos a que eu tive acesso. Esses extratos são falsos e já foram periciados. Estes extratos que foram aportados demonstram que o sistema foi manipulado. A partir do momento que o sistema foi manipulado antes, durante e depois do bloqueio, as provas, no meu entender, são viciadas — afirmou.
Duran confirmou ao deputado Paulo Pimenta (PT-RS) que a empresa alugou um hotel em Brasília para hospedar 77 executivos e construir uma versão de delação. Paulo Pimenta disse que esses executivos vão receber salários por 15 anos por aderir ao plano de delações.
— Esse é o delator assalariado. Toda a minha vida eu ouvi dizer que se tu combinar depoimento com alguém é crime. Imagine montar 77 delações, uma sustenta a outra. Foram produzidas planilhas, produzidos extratos, enfim, foi montado um sistema sofisticado para que esta delação pare em pé — acusou.
O senador Paulo Rocha (PT-PA), que presidiu a reunião, ressaltou que os esclarecimentos prestados por Rodrigo Tacla Duran são importantes para o aperfeiçoamento da legislação sobre o sistema de delação premiada.
— Vai contribuir muito para a nossa CPI, para as investigações que estão em curso na CPI. Mas, também, ao mesmo tempo, ajudar, que é um papel da CPI, a propor legislação que melhore ainda mais o nosso arcabouço jurídico, na transparência da gestão pública, no combate a desvios do dinheiro público, enfim - declarou.
Rodrigo Duran mora na Espanha, onde espera responder à denúncia de participar em esquemas de lavagem de dinheiro e pagamento de propina. A oitiva foi feita por meio de videoconferência.
O senador Paulo Rocha (PT–PA), que presidiu a reunião, ressaltou que os esclarecimentos prestados por Rodrigo Tacla Duran são importantes para o aperfeiçoamento da legislação sobre o sistema de delação premiada.
Da Rádio Senado.