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Caíque voltou a confessar o crime para a nossa reportagem e disse estar arrependido. Segundo Caíque, ele estava em uma festa de candomblé, e, perto de encerrar, foi convidado pelo pai de santo Nilson para ir em sua casa. Nilson e Roquelina foram na frente e Caíque em seguida. Chegando na casa, dentro de um quarto Nilson teria convidado Caíque para ter relação sexual com ele, que disse não ter aceitado e pediu R$ 40 reais para comprar drogas. Como Nilson se recusou a dar o dinheiro, Caíque entendeu como uma provocação, e então decidiu matá-lo.
Friamente o assassino foi discretamente até a cozinha, pegou uma faca e uma chave de fenda, voltou para o quarto e desferiu cerca de 10 golpes no pescoço do pai de santo, que morreu rapidamente. Para não deixar testemunha, foi até o outro quarto, onde estava Roquelina, e sem chances de defesa fez o mesmo com a mulher.
Caíque contou ainda que tomou banho, jantou, revirou a casa, encontrou e colocou alguns frascos de perfumes em uma mochila, e por volta das 4 da manhã foi embora. "O que eu fiz pode acontecer com qualquer um por indução da droga, entendeu? To arrependido, mas é melhor estar preso que no meio da sociedade, onde corro risco de morte. Lá dentro eu to guardado, pois to sendo ameaçado de morte e acusado de muitas coisas que não fiz".
De acordo com Weliton Bastos, a equipe do delegado Lapa de Lima, titular da DT/SG, a qual ele faz parte já estava investigando o crime desde a descoberta dos corpos. Com a ajuda de uma denúncia anônima, foram analisadas imagens de sistema de segurança de residências no percurso de Caíque até a casa da vítima, o que reforçava bastante a suspeita de sua participação ou direta autoria nos crimes. Com sua prisão em Feira na segunda, 3, à noite, o suspeito foi interrogado e, apesar de tentar negar, ao ser confrontado com as provas, acabou confessando os crimes. Ainda de acordo com Weliton, Caíque, que já tem uma extensa ficha na polícia, será transferido para o Conjunto Penal, indiciado por duplo homicídio e responderá por essas duas mortes que cometeu em São Gonçalo.
Por Sandro Araújo