A informação sobre o animal chegou ao conhecimento da secretaria na sexta-feira (10), e em seguida uma equipe se dirigiu ao local e realizou o recolhimento dos restos mortais do animal. De acordo com a secretária Jaqueline Moreira, embora a cidade não tenha registro de suspeita por febre amarela em seres humanos, não deixa de ser uma preocupação e responsabilidade de sua equipe e órgãos competentes examinar e descobrir o motivo pelo qual o animal foi a óbito. Ainda de acordo com a secretária, o material recolhido foi encaminhado para o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), em Salvador, onde se necessário poderá ser encaminhado também para outros órgão competentes, a exemplo da Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz, instituição de nível federal vinculada ao Ministério da Saúde e localizada na cidade do Rio de Janeiro.
Após o recolhimento do macaco informações dão conta que mais três do tipo apareceram mortos na mesma localidade. Além de febre amarela, outra hipótese é que pessoas estejam sacrificando erroneamente esses animais a fim de impedir a chegada do vírus na localidade. Os macacos não são responsáveis pela transmissão da doença. A febre amarela é uma doença transmitida por mosquitos.
Segundo o Ministério da Saúde, o macaco é importante para as pesquisas e o combate à febre amarela porque ele serve como indicador da presença do vírus em determinada região. Se os animais são mortos por humanos, a investigação sobre a existência da doença fica prejudicada.
Vale lembrar também que matar animais é considerado crime ambiental pelo Art. 29 da Lei n° 9.605/98.
Com relação a vacinação contra a febre amarela, levando principalmente em consideração que em São Gonçalo não existe nenhuma suspeita da doença, a secretaria continua atendendo o Calendário Básico de Vacinação da Criança.
O esquema da febre amarela é de duas doses, tanto para adultos quanto para crianças. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é de uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira. As recomendações são apenas para as pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina. A população que não vive na área de recomendação ou não vai se dirigir a essas áreas não precisa buscar a vacinação neste momento.
Possíveis alterações no quadro de vacinação só serão necessárias caso os resultados dos exames no sagui recolhido, que sairá num prazo de 30 a 40 dias, indique morte por febre amarela. O número de casos suspeitos de febre amarela na Bahia em 2017 subiu para 16, segundo boletim divulgado no dia 2 de março pela Sesab.
Os casos foram registrados, até o dia 1º de março, em oito municípios: Feira de Santana (1 caso), Itiúba (1) Coribe (4), Teixeira de Freitas (3), Itamaraju (2), Mucuri (1), Nova Viçosa (1) e Ilhéus (1). Outros dois casos suspeitos, segundo a Sesab, são de dois moradores do estado de Alagoas que podem ter contraído a doença durante passagem pela da Chapada Diamantina. Segundo o órgão, os moradores visitaram várias cidades da região e não é possível dizer em qual delas teriam supostamente contraído a doença. Os casos ainda não foram confirmados e estão sob investigação.
Do número total de casos suspeitos, sete foram descartados laboratorialmente (4 em Coribe, 1 em Mucuri e 2 de Teixeira de Freitas). O restante permanece em investigação.
Por Sandro Araújo/São Gonçalo Agora
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